Orientação Educacional na Prática

Espaço reservado para temas pertinentes à Orientação Educacional e sugestões de textos e mensagens para as coordenações coletivas. Os autores dos textos e/ou frases estão devidamente identificados em seus respectivos rodapés. Quando utilizarem, por favor não esqueçam de divulgá-los.

Cuidado!!!

Algumas expressões popularizadas no meio educacional são usadas hoje com um sentido muito diferente do que tinham originalmente, mostrando que muitos educadores estão se apoiando em idéias frágeis.

A fala dos educadores brasileiros nunca esteve tão afiada. Conceitos importantes da Pedagogia e as práticas de sala de aula mais valorizadas hoje estão na ponta da língua e ajudam a definir o trabalho docente. Não é preciso estar entre grandes mestres para ouvir citações de Paulo Freire (1921-1997), como a importância de "focar a realidade do aluno" durante o planejamento, ou sobre o construtivismo - a necessidade de "levantar o conhecimento prévio" da turma. No entanto, conforme a conversa avança, percebe-se que, na média, ela está calcada num discurso vazio (tal qual as palavras nos balões que ilustram esta reportagem). O resultado é a transformação de idéias consagradas - como formar cidadãos - em jargões que perderam o significado original. Esse conceito, difundido com a redemocratização do país, relacionava-se à necessidade de as pessoas terem um preparo que lhes permitisse atuar na sociedade - incluído aí saber ler e escrever e os demais conteúdos do currículo. Hoje, o sentido de cidadania propagado em muitos projetos está relacionado apenas a ações de preservação ambiental ou de cunho social - como se socializar o conhecimento construído pela humanidade, ou seja, ensinar, já não fosse tarefa suficiente para a escola. "Os professores usam essas expressões sem ref letir sobre elas e sem compreender em que se baseiam", ressalta Raymundo de Lima, professor do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e estudioso do discurso docente. Essa realidade revela, mais uma vez, a precariedade da formação dos educadores, que se ressentem por não terem um conhecimento pedagógico adequado. "Eles buscam um referencial teórico, mas, como não conseguem se aprimorar, acabam fazendo no dia-a-dia um trabalho intuitivo e equivocado", afirma Andrea Rapoport, doutora em Psicologia do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A conclusão é resultado de uma pesquisa realizada por ela para identificar os referenciais citados pelos docentes. "Grande parcela dos que afirmam se basear em determinadas correntes pedagógicas ou pensadores deixa o discurso cair por terra quando precisa justificar essas escolhas", analisa Andrea. Muitas das expressões que estão na boca dos educadores não surgiram do nada. Ao contrário, exprimem conceitos importantíssimos. Separadas dos contextos históricos e teóricos em que foram criadas, no entanto, elas acabaram sendo banalizadas. Hoje, é difícil encontrar um professor que não afirme fazer uma avaliação formativa. Porém quantos realmente sabem como ela deve ser realizada e para que servem seus resultados? Diante disso, a proposta desta reportagem é contribuir para colocar um fim nesse blablablá da Educação, ajudando a deixar as frases-prontas de lado e a se aprofundar no verdadeiro significado das idéias por trás delas - a princípio, tão ricas. Selecionamos dez expressões populares no Magistério atualmente e mostramos de onde elas provêm, seu sentido original e como foram distorcidas (leia o destaque à direita e os demais nas próximas páginas). Essa leitura é apenas um ponto de partida para o desafio, que requer muito estudo. Mas o fim do discurso vazio certamente virá acompanhado de um impacto positivo na qualidade das aulas.
APRENDER BRINCANDO
Conceito original:Uma das maneiras de adquirir conhecimento, possibilitada por diferentes atividades, mas não essencial.
Conceito distorcido:Única maneira de adquirir conhecimento, possibilitada por diferentes atividades, e principal motivação para o estudo.
Origem O aprender brincando surgiu em reação a antigas práticas escolares. Até a década de 1960, eram comuns os castigos físicos e as propostas de ensino que não consideravam os conhecimentos de crianças e jovens nem se preocupavam em envolvê-los em desafios que fizessem sentido para eles.
De fato, o processo de aprendizado nem sempre é fácil, mas resulta em satisfação. A criança aprende de muitas maneiras e com base em diferentes recursos: convivendo com os colegas, se comunicando com adultos e descobrindo seus limites em situações formais e informais.
Por que perdeu o sentido A difusão do "aprender brincando" ocorreu em oposição ao que é apresentado como difícil. "Passou-se de um extremo a outro, isto é, de uma aprendizagem com sofrimento para a brincadeira", explica Esther Pillar Grossi, professora e fundadora do Grupo de Estudos Sobre Educação, Metodologia de Pesquisa e Ação. A questão é isso ter se tornado a principal forma de ensinar e uma das motivações intrínsecas ao aprendizado. Desse modo, fica a impressão de que brincar é essencial para mediar as situações de ensino. "O dito em espanhol 'la letra con sangre entra' particulariza, para a alfabetização, a idéia de que aprender é algo muito penoso e desagradável", explica Esther. No livro Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar, o professor Lino de Macedo, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o lúdico deve propor desafios ao estudante e encaminhá-lo para a construção dos conhecimentos, mas não significa necessariamente algo agradável na perspectiva de quem faz a atividade. "Se fosse só assim, poderíamos, por exemplo, vir a ser reféns das crianças ou condenados a praticar coisas engraçadas, mesmo que sem sentido."
O objetivo da escola é ensinar os conteúdos das diferentes disciplinas, e não necessariamente proporcionando divertimento o tempo todo. A aprendizagem gera conflito, exige que a criança fique instigada a buscar respostas a problemas apresentados a ela e levanta dúvidas. O que precisa trazer prazer é a satisfação de aprender, evoluir e se apropriar do conhecimento. "A máxima da escola não pode ser aprender brincando porque aprender é difícil - assim como ensinar", conclui Tereza Perez, diretora do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
LEVANTAR O CONHECIMENTO PRÉVIO
Conceito original:Propor uma atividade para verificar o nível de conhecimento dos alunos sobre um tema como forma de planejar novas intervenções.
Conceito distorcido:Perguntar o que os alunos já sabem para verificar o nível de conhecimento deles e registrar o que foi dito.
Origem A importância do conhecimento prévio - um conjunto de idéias, representações e dados que servem de sustentação para um novo saber - se desenvolveu a partir da segunda metade do século 20 com o construtivismo. Nessa concepção, não existe ponto de partida zero sobre o que se vai ensinar ou aprender. Todos (alunos e professores) sempre sabem alguma coisa, mesmo que de modo implícito, do tema a ser trabalhado. Investigar o conhecimento, dentro dessa perspectiva, representa o início da relação entre o ensino e a aprendizagem. "O estudante é compreendido como alguém que domina algumas coisas e, diante de novas informações que para ele fazem algum sentido, realiza um esforço para assimilálas", explica Telma Weisz, consultora da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, no livro O Diálogo Entre o Ensino e a Aprendizagem. Ao fazer uma avaliação antes de iniciar um conteúdo, o professor consegue planejar suas interferências porque tem meios de determinar por onde começar. A ação nas próximas etapas não fica só intuitiva - é direcionada para "o que" e "como" deve ensinar.
"Não se trata de um teste, mas de uma situação real de ensino. As atividades indicadas para dar início a um projeto são aquelas que ativam os saberes das crianças", diz Regina Scarpa, coordenadora pedagógica de NOVA ESCOLA. Nesse tipo de atividade, cada aluno vai buscar os dados em seu repertório interno de maneira diferente. "O conhecimento prévio é relativo a cada um e, por isso, supõe uma investigação caso a caso", completa Macedo, da USP. Por que perdeu o sentido Ao longo dos anos, os professores reconheceram a importância de investigar o que crianças e jovens já sabem antes de começar o trabalho sobre um novo tema. No entanto, mesmo sem ter aprendido exatamente como fazer isso, muitos deles passaram a utilizar a expressão em seu dia-a-dia. Em certos casos, eles até fazem uma avaliação inicial e registram comentários, mas não utilizam esses dados para planejar as aulas ou pensar sobre as intervenções que necessitam ser feitas em classe. É preciso ter clareza também que não é perguntando o que o aluno já sabe sobre um assunto que se faz o levantamento do conhecimento prévio, mesmo porque nem sempre é fácil para ele verbalizar as informações quando é questionado. Além disso, cada conteúdo de ensino requer uma forma de abordagem. Não adianta questionar sobre temas já dominados nem ser tão desafiador a ponto de a turma não conseguir sequer entender a proposta. Outro equívoco é considerar que tudo o que foi trabalhado foi aprendido e, por isso, é possível seguir adiante. Conhecimento prévio não pode ser confundido com pré-requisito, exigência de aprendizagem que todos devem possuir como base para a experiência seguinte.
FORMAR CIDADÃOS
Conceito original:Objetivo da escola que se baseia no ensino dos conteúdos curriculares com a finalidade de preparar pessoas bem informadas e críticas.
Conceito distorcido:Objetivo da escola que se baseia em ações sociais e de preservação do meio ambiente com a finalidade de preparar pessoas conscientes de seu papel na comunidade.
Origem A frase começou a se popularizar entre os professores em meados da década de 1980 como conseqüência da redemocratização brasileira. "O surgimento do sujeito crítico, criativo e participativo se deu, institucionalmente, com o renascimento da autonomia do país após a ditadura", afirma Maria de Lourdes Ferreira, docente da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, em Minas Gerais, e autora de diversos trabalhos sobre o tema. A Constituição de 1988 define cidadania como um dos princípios básicos da vida e ressalta que as instituições sociais, dentre elas a escola, precisam estar comprometidas com a formação cidadã. Cerca de dez anos depois, o papel da escola nesse processo foi descrito nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que se definem como meio de garantir que "a Educação possa atuar, decisivamente, no processo de construção da cidadania".Cabe à escola, portanto, formar pessoas bem informadas, críticas, criativas e capazes de avaliar sua condição socioeconômica, dimensionar sua participação histórica e atuar decisivamente na sociedade e na economia. E isso se faz quando todos os professores cumprirem o dever de ensinar os conteúdos curriculares, a começar por ler e escrever. Por que perdeu o sentido Além das instituições de ensino, participam de forma fundamental na construção da cidadania o governo, as organizações sociais e a família. Interpretações equivocadas sobre a função de cada uma dessas instâncias na formação do cidadão levaram a uma descaracterização do papel da Educação. Outro fator decisivo para a deturpação da idéia foi a falta de um currículo definido em cada rede - detalhando o que ensinar em cada série e disciplina -, o que tem levado muitas escolas a trabalhar sem uma proposta pedagógica clara e objetiva. Para completar, muitos professores não fazem um planejamento focado nos conteúdos de cada área. No livro Escola e Cidadania, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud provoca: "De que serve aprender princípios cívicos ou detalhes da organização do Estado quando não se consegue ler o texto de uma lei?" Para o educador, a formação da cidadania passa pela "construção de meios intelectuais, de saberes e de competências que são fontes de autonomia, de capacidade de se expressar, de negociar, de mudar o mundo".
Esse esvaziamento da função primeira da escola gerou uma série de atividades sem foco na aprendizagem que, supostamente, têm o objetivo de despertar a cidadania e provocar a conscientização de crianças e jovens. Dentre essas situações têm destaque as campanhas e os projetos sobre meio ambiente, diversidade cultural e violência. "É enorme o número de projetos enviados ao Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 com o objetivo de despertar a consciência ambiental e o respeito pelas diferenças com a justificativa pura e simples de que são importantes para a formação do cidadão", conta Regina Scarpa. O que os alunos aprendem, efetivamente, ao fim de um trabalho desses? Se a proposta apresentada é recolher material reciclável, a turma vai aprender a recolher material reciclável, e o objetivo de um projeto não pode ser só esse.
TER UMA TURMA HETEROGÊNEA
Conceito original:Comandar uma classe em que os alunos apresentam diferentes níveis de conhecimento, o que faz com que avancem por meio de atividades diversificadas.
Conceito distorcido:Comandar uma classe problemática em que os alunos apresentam diferentes níveis de conhecimento, razão pela qual alguns deles não avançam.
Origem Com a criação dos grupos escolares, logo após a proclamação da República, no fim do século 19, surgiu o que se convencionou chamar de turmas homogêneas. O conceito se encaixa numa antiquada corrente pedagógica que trabalha para um único perfil de aluno e pressupõe que existe uma turma com características semelhantes e, portanto, homogênea. Os exercícios de repetição eram a única estratégia de ensino, fazendo parecer que todos os estudantes tinham o mesmo desempenho e ritmo de aprendizagem. Afinal, eles seguiam modelos e apenas uma resposta era correta. A partir da década de 1930, a Educação passou a acolher as preocupações da Psicologia quanto às diferenças entre os indivíduos e a usar situações-problema. Lev Vygotsky (1896-1934) escreveu em A Formação Social da Mente que o educador deve ter uma estratégia diferenciada para cada criança porque elas não sabem igualmente o mesmo conteúdo nem aprendem de uma só maneira. Já na década de 1990, a ampliação do atendimento escolar fez chegar à sala de aula crianças de classes sociais menos favorecidas, o que deixou mais clara essa heterogeneidade. Por que perdeu o sentido A mudança na forma de ensinar e a universalização do Ensino Fundamental acabaram, definitivamente, com a ilusão da homogeneidade. Ao mesmo tempo, a expressão "turmas heterogêneas" passou a ser usada como uma das explicações para o fato de alguns não avançarem nos conteúdos. O conhecimento dos alunos pode não corresponder ao esperado para a série, mas essa variedade de níveis em uma turma tem de ser usada de forma produtiva. "A troca de saberes entre os pares deve ser buscada: o desafio é encarar cada um na sua individualidade e promover a interação entre as diferentes habilidades a favor da aprendizagem", explica Lino de Macedo. Nos trabalhos em grupo, quem domina conteúdos e procedimentos diversos pode confrontar hipóteses, compartilhar estratégias e colaborar com os colegas.
AUMENTAR A AUTO-ESTIMA
Conceito original:Conseqüência de um trabalho baseado no ensino dos conteúdos e na necessidade de cada aluno.
Conceito distorcido:Objetivo de todo trabalho feito em classe, conquistado por meio de elogios e de premiações a cada aluno.
Origem A expressão se popularizou com a universalização do Ensino Fundamental, nos anos 1990, quando muitos dos estudantes de baixa renda que ingressaram na escola tinham dificuldade na alfabetização e na aprendizagem das várias disciplinas. Professores creditavam isso à baixa auto-estima gerada pela pobreza. A idéia é equivocada e preconceituosa, como provam diversos estudos. A auto-estima não é determinada pelo nível socioeconômico ou cultural. "O que leva a uma maior valorização pessoal é aprender", afirma Beatriz Cardoso, diretora do Cedac.Por que perdeu o sentido Com o objetivo de aumentar a auto-estima das crianças, instituições do terceiro setor passaram a oferecer programas culturais e as escolas a propor atividades que não têm um foco claro na aprendizagem dos conteúdos. Ao mesmo tempo, premiações e elogios viraram moda. "Pensar que a garotada precisa de afago e estrelinhas mostra um distanciamento do que é essencial na Educação, que é promover conhecimento", completa Beatriz.
FAZER AVALIAÇÃO FORMATIVA
Conceito original:Utilizar vários instrumentos de verificação da aprendizagem como forma de analisar o nível de conhecimento da classe e planejar estratégias de ensino.
Conceito distorcido:Observar a aprendizagem como forma de classificar os alunos.
Origem A avaliação formativa enfoca o papel do estudante, a aprendizagem e a necessidade de o educador repensar o trabalho para melhorá-lo. A prática surge da preocupação com o processo de aprendizagem e não só com o produto ou com as notas como ponto final da aprendizagem. Testes, análises de relatórios, provas, apresentações orais, comentários ou produção de textos se aplicam também à perspectiva tradicional de ensino. "O que diferencia as duas é o que se faz com os dados: enquanto no jeito tradicional os exames são classificatórios, na avaliação formativa eles servem para redirecionar o trabalho docente para permitir que cada um avance em seu ritmo", diz Cipriano Luckesi, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.Por que perdeu o sentido Cientes de que é necessário ficar constantemente atentos a todo o percurso de aprendizagem, os professores começaram a empregar a observação como estratégia do que passaram a chamar de avaliação formativa. Além de não utilizarem o resultado dessa análise para redirecionar a prática, deixam de lado as provas e outros instrumentos de verificação da aprendizagem. A razão é o fato de as notas não serem mais tão valorizadas como a única função da avaliação. O resultado disso é que não conseguem mensurar quanto as turmas avançaram na aprendizagem de cada conteúdo. "A avaliação só tem sentido se visa como ponto de partida e de chegada o processo pedagógico", dizem Delia Lerner e Alicia Palacios de Pizani no livro A Aprendizagem da Língua Escrita na Escola.
TRABALHAR A INTERDISCIPLINARIDADE
Conceito original:Relacionar os conteúdos das diversas áreas quando isso for necessário para a compreensão de um conceito, sem esquecer as características das didáticas específicas de cada uma delas.
Conceito distorcido:Relacionar os conteúdos das diversas áreas em todos os projetos propostos aos alunos.
Origem O conceito de interdisciplinaridade surgiu no fim da década de 1960, na França e na Itália, e logo chegou aos Estados Unidos. Nessa época, os universitários lutavam contra a fragmentação das áreas e sua especialização, buscando a aproximação do currículo aos temas políticos e sociais. O discurso chegou ao Brasil e foi impulsionado pelos "temas geradores", conceito apresentado por Paulo Freire no livro Pedagogia do Oprimido, de 1968. De acordo com ele, a intenção era propor aos indivíduos dimensões significativas de sua realidade, cuja análise crítica lhes possibilitasse reconhecer a interação entre as partes. Dessa forma, eles poderiam compreender melhor o mundo e atuar nele de forma consciente e participativa. Freire diz ser indispensável ter, antes, a visão total do contexto para, depois, separar seus elementos. Com esse isolamento, é possível voltar com mais clareza ao todo analisado. No Ensino Fundamental, um trabalho interdisciplinar é aquele em que se estuda um tema integrando disciplinas com a intenção de que o conhecimento seja global e tenha significado para a garotada. Ele deve ser bem delimitado e permitir que haja o diálogo entre os conteúdos estudados para que os saberes sejam aprofundados. "O conhecimento é interdisciplinar. Ele é formado por fatos, conceitos e procedimentos relativos a áreas diferentes", diz Tereza Perez, do Cedac. Por que perdeu o sentido A idéia começou a ser valorizada e a ganhar adeptos por todo o país com o passar dos anos. Na década de 1990, quando Freire assumiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, ela chegou a muitas escolas paulistanas. No entanto, não foi sempre bem aplicada. Em primeiro lugar porque nem todo bom projeto necessita ser interdisciplinar, como muitos acreditam. Alguns conteúdos são bem ensinados em apenas uma área, não precisando de interação com as demais. A relação entre as disciplinas deve aparecer dentro de situações didáticas que realmente possibilitem a aprendizagem em cada uma delas - e não apenas num formato em que sejam utilizados conhecimentos já adquiridos. Mostrar um mapa na aula de Matemática, por exemplo, não é ensinar Geografia, assim como apenas pedir a leitura de um texto de História não é aprofundar-se na Língua Portuguesa. O trabalho interdisciplinar terá cumprido sua função se o aluno passar de um estágio de menor conhecimento para outro de maior conhecimento em cada um dos conteúdos envolvidos.
PARTIR DO INTERESSE DOS ALUNOS
Conceito original:Considerar a criança e seus interesses como foco do processo educacional por meio da avaliação do que ela já sabe como forma de levá-la a um nível maior de conhecimento.
Conceito distorcido:Considerar a criança e seus interesses como foco do processo educacional e ensinar o que ela está com vontade de aprender.
Origem A idéia nasceu com a Escola Nova, no início da década de 1930. O movimento é considerado o mais vigoroso grupo de renovação da Educação do país depois da criação da escola pública burguesa. Os ideais escolanovistas se popularizam no Brasil pela ação de um grupo de intelectuais liderados por Anísio Teixeira (1900-1971). "O grupo de Teixeira se opunha à visão tradicional da escola, na qual cabe ao professor transmitir conhecimentos aos alunos, que devem permanecer em silêncio e atentos às explicações", explica Raymundo de Lima, da UEM. Para o movimento, o aumento do poder do estudante era essencial - sua vontade e sua capacidade de agir, espontaneamente, deveriam substituir a imposição, pelo professor, de julgamentos prontos. "Essa foi a primeira tentativa no país de diminuir a verborragia dos mestres em aula e de olhar mais para crianças e jovens", ressalta Lima. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova foi lançado em março de 1932 e assinala que a "nova doutrina, que não considera a função educacional como uma função de superposição ou de acréscimo (...), transfere para a criança e para o respeito de sua personalidade o eixo da escola e o centro de gravidade do problema da Educação". Passou-se a considerar o que os alunos pensam e a entender que eles têm idéias a ser respeitadas. Por que perdeu o sentido Apoiados na concepção de que é necessário ter como base o interesse da turma, muitos educadores passaram a colocar a intencionalidade do ensino e o planejamento prévio em segundo plano. Essa deturpação foi ganhando espaço a ponto de algumas escolas chegarem a começar o ano sem determinar quais conteúdos devem ser trabalhados em aula e a orientar o corpo docente a descobrir primeiro o que a garotada quer estudar para depois se planejar. "A idéia, em casos como esses, é que alguns temas geradores podem levar a aulas mais participativas", explica Priscila Monteiro, consultora educacional, formadora de professores e selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "O problema é que, sem um planejamento detalhado e um currículo claro a seguir, a tendência é de perda na qualidade do ensino", diz ela. Em didática, são três os pilares do processo de ensino e de aprendizagem: o conteúdo, a maneira como a criança aprende e o modo como o professor ensina. Na escola tradicional, o foco está no conteúdo e o mestre é quem domina e transmite seu saber. Com a Escola Nova, houve uma mudança: a figura central passou a ser o aluno e seus interesses. "Basear-se apenas no que ele quer aprender, contudo, é uma idéia restritiva, pois cabe à escola trabalhar conteúdos novos e desconhecidos e que, por isso, não podem ser mencionados naturalmente como uma curiosidade", ressalta Priscila. É claro que o interesse que as turmas têm por determinados assuntos deve ser considerado. No entanto, é preciso ter como base os conhecimentos didáticos específicos para planejar a abordagem e as intervenções a fazer. O grande desafio hoje é desenvolver a sensibilidade para propor situações-problema desafiadoras que despertem a atenção de todos.
DESENVOLVER A CRIATIVIDADE
Conceito original:Levar o estudante a propor diferentes soluções para um problema com base em informações sobre o tema.
Conceito distorcido:Levar o estudante a realizar atividades do jeito que ele preferir.
Origem A valorização da criatividade como uma capacidade humana que deve ser estimulada começou a ocorrer no começo da década de 1950, com a mudança de conceitos vigentes até então. "Nesse período, muitos acreditavam que a inteligência era uma dimensão relativamente fácil de ser medida e a criatividade era um atributo de poucos privilegiados", explica Eunice Soriano de Alencar, da Universidade Católica de Brasília. Uma série de pesquisas realizadas, sobretudo nos Estados Unidos, mostrou que não é possível medir a inteligência de maneira satisfatória e que, na realidade, ser criativo é algo inato a todo ser humano. A partir dos anos 1980, dezenas de livros sobre o tema foram publicados, revelando que um ambiente livre e propício à inventividade ajuda a desenvolver essa capacidade. Com as mudanças tecnológicas e sociais do mundo contemporâneo, estimular o lado criativo das pessoas passou a ser vital e a escola acabou vista como uma das principais responsáveis por esse trabalho. "Estar preparado para solucionar problemas de forma criativa é algo indispensável no cenário deste novo milênio, em que inovar é uma palavra de ordem", acredita Eunice. Por que perdeu o sentido Considerando a importância de desenvolver a criatividade da turma, muitos professores passaram a propor atividades sem um conteúdo claro de aprendizagem e a justificar seu objetivo como sendo o de estimulá-la. O problema disso é que o objetivo da escola é ensinar conteúdos específicos, o que pode ser foco de avaliação para determinar se a turma avançou ou não - o que é mais difícil de ser feito quando falamos de um conceito como a criatividade. Além disso, é importante ressaltar que não se pode desenvolver a capacidade de criar lançando mão de qualquer tipo de trabalho e que ninguém inventa algo de maneira espontânea. Os alunos necessitam de um repertório amplo para que consigam desenvolver essa capacidade com autonomia. Não é a inspiração que importa, mas o empenho e o trabalho realizado. "Criatividade é a capacidade de fazer relações entre os conhecimentos. Assim como só se aprende algo novo com base no que já conhecemos, só é possível criar com base em nosso conhecimento prévio sobre um assunto", explica Monique Deheinzelin, orientadora de projetos curriculares, formadora de professores e autora de diversos livros sobre o tema. Cabe à escola, portanto, dar oportunidades para todos desenvolverem seu percurso criador, promovendo a flexibilidade, a abertura ao novo, a habilidade de propor soluções inovadoras para problemas diversos e a coragem para enfrentar o inesperado. O educador pode trabalhar atividades que não sejam tão fechadas a ponto de permitir somente uma resposta e nem tão abertas para que qualquer coisa possa ser aceita. "Pedir trabalhos com um produto final já conhecido ou propor atividades mecânicas e repetitivas, como colocar as crianças para pintar um desenho pronto, não leva ninguém a ser mais criativo", explica Monique. Para isso, é preciso propor ações transformadoras, por meio das quais sejam mobilizados novos saberes.
FOCAR A REALIDADE DO ALUNO
Conceito original:Considerar o saber trazido pelos alunos como um ponto de partida e sempre apresentar a eles novos conhecimentos.
Conceito distorcido:Basear-se somente no saber trazido pelos alunos como parâmetro para determinar o que lhes interessa aprender.
Origem A idéia foi muito propagada por Paulo Freire, que valorizava a presença do saber dos estudantes das camadas populares na sala de aula. Ele propunha que, com uma pesquisa prévia do universo dos termos falados pelos educandos, fossem selecionados alguns - as chamadas palavras geradoras - para que propiciassem a formação de outros e também funcionassem como ponto de partida para que a turma compreendesse o mundo e organizasse seu pensamento a respeito dele. Ou seja, Freire sempre destacou a necessidade de ultrapassar as fronteiras da realidade mostrada pelas palavras. Tanto que ele defendia a Educação como prática de liberdade e dizia que "o povo tem o direito não só de saber melhor o que já sabe mas também saber o que ainda não sabe". Por isso, defendia que é importante ampliar e aprofundar o conhecimento sempre. Por que perdeu o sentido Muitos professores trabalham concentrados somente no meio em que vivem os estudantes e acabam por simplificar o pensamento freireano, julgando que isso facilita o aprendizado. Acreditam que é preciso tomar como base só o que já é conhecido. Então, ensinam primeiro o conceito de bairro para depois apresentar o de cidade, estado e país, por exemplo. Como se a lógica de compreensão dos conceitos estivesse atrelada à maior ou à menor proximidade física e como se fosse possível mensurar a complexidade desses conceitos baseando-se nas dimensões geográficas. "Não se aprende somente com base no que temos à nossa volta, no que é considerado 'concreto' e no que os adultos consideram simples", afirma Roberta Panico, do Cedac. Outra crença que criou raízes no pensamento dos educadores é que a realidade é o limite do que deve ser ensinado. O professor não pode decidir não trabalhar conceitos relativos ao sertão porque leciona em uma região litorânea. "O mal provocado por essa atitude é a condenação do aluno à estagnação. Com isso, a escola deixa de cumprir seu papel", diz Vera Barreto, coordenadora do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Entrar em contato com o diferente permite analisar a realidade com mais riqueza porque oferece fontes para comparação. Ir além do que já é conhecido também garante o cumprimento do que sugerem os PCNs, já que o cotidiano de um estudante que é filho de operários da construção civil, por exemplo, não tem vínculos com a sociedade da Grécia antiga, tema presente nas aulas de História. "Se o professor ficar focado somente no local, não terá como abordar todos os conteúdos", completa Vera.

Fonte: Nova Escola Online



O que é Hiperatividade?

A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras.Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa.Toda criança hiperativa traz consigo o Déficit de Atenção, mas nem toda criança com Déficit de Atenção é necessariamente hiperativa.Algumas características:· Freqüentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em atividades escolares, de trabalho ou outras;· Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas;· Com freqüência parece não ouvir quando lhe dirigem a atenção;· E facilmente distraído por estímulos externos alheios às tarefas;· Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na carteira;· Freqüentemente abandona sua carteira na sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;. Fala em demasia;· Está freqüentemente a ‘mil’ ou muitas vezes age como se estivesse a ‘todo vapor’.O diagnóstico da Hiperatividade é médico. Feito o diagnóstico a criança deve ser encaminhada a um psicopedagogo e conforme o caso também a um psicólogo.

Raiva, um assunto para a turma conhecer e esfriar a cabeça

Discuta as vantagens e desvantagens desse sentimento e sugira um trabalho de conscientização da comunidade

Objetivos: Compreender os mecanismos racionais e emocionais de preservação e implementação da saúde individual e coletiva.

Houve uma época em que esbarrar sem querer em algum valentão na rua podia terminar em briga violenta. Hoje, tais manifestações são esporádicas. O homem moderno, esse ser motorizado que se desloca sobre duas ou quatro rodas, passou a incomodar-se quando sua extensão mecânica é atingida ou impedida de locomover-se. Colisões, fechadas ou obstruções no trânsito são motivo para muitos deixarem transparecer seu "lado Hulk" e chegarem a atitudes extremas. Nesses casos, o agressor pode ser considerado também a vítima, já que acaba enredado num grave problema para a vida toda. VEJA aborda esse assunto e fornece algumas dicas para as pessoas sujeitas a tais surtos. É um tema para ocupar os estudantes num trabalho interdisciplinar que envolve a comunidade. É preciso que todos conheçam os mecanismos da raiva. Entendê-la é um começo para aprender a evitar seus efeitos indesejáveis. AtividadesPergunte à turma se ter — e demonstrar — raiva faz bem. Esse sentimento é necessário? Devemos evitar explosões de cólera ou mesmo contê-la? Isso envolve algum perigo? Como nosso organismo reage quando sentimos raiva? Deixe a conversa correr solta por algum tempo e depois apresente o texto da revista.Completada a leitura atenta de VEJA, divida a classe em grupos e proponha questões para relacionar os relatos da reportagem à vivência dos jovens. Alguns deles certamente já protagonizaram algum caso de ataque de fúria. Como se sentiram? Fez bem extravasar a raiva? Que manifestações eles perceberam no organismo antes, durante e após o acesso? Peça que revelem aos colegas.Mostre como é o mecanismo biológico formador dos rompantes de ódio. Com o auxílio do quadro abaixo, explique à classe as conseqüências sentidas pelo corpo quando se impede a reação intempestiva.Encarregue a turma de pesquisar os principais fatores que levam as pessoas ao descontrole emocional. Se alguém já explodiu a ponto de partir para a agressão, o que o levou a tal? Sugira que as equipes investiguem junto à comunidade qual seria a reação de cada um frente a certa situação em que muitos perdem a compostura. Os entrevistados devem justificar a resposta. Para a execução dessa tarefa, você determina o universo de pesquisa segundo sua disponibilidade de tempo. Vale lembrar que o objetivo da atividade é trazer para a sala de aula um bom número de casos para ser analisados em conjunto pelos grupos. Após esse levantamento de informações, inicie uma tabulação estatística sobre o tipo mais freqüente de estímulo que leva ao ataque de fúria. Sugira uma comparação dos resultados com os dados apresentados por VEJA. Outro estudo oportuno refere-se às terapias que podem ajudar o indivíduo a conter seus ímpetos agressivos de forma sadia. Indique livros e sites que contenham tais informações. Exiba trechos do vídeo Um Dia de Fúria e peça que todos examinem o comportamento do tipo vivido por Michael Douglas à luz do que foi levantado nas pesquisas anteriores. Faça-os notar que, em certo momento da trama, esse personagem libera seus instintos e torna-se ameaçador. Também merecem uma análise mais demorada os conflitos entre torcidas organizadas, freqüentes nos estádios de futebol. Ao fim da conversa, os jovens devem esclarecer junto à comunidade os pontos principais do tema, os perigos e a necessidade de sentir raiva. Para tanto, é interessante que usem apelos fortes, capazes de sensibilizar a população. Que tal buscar depoimentos daqueles que se arrependeram de chegar a extremos a ponto de prejudicar o próprio futuro? Também vale recorrer a encenações com as quais os indivíduos freqüentemente sujeitos a acessos de ira possam se identificar e buscar ajuda. Que tipo de ajuda é esse? Convém que a peça indique os caminhos.Há estudos que apontam forte relação entre a repressão das emoções e o surgimento de males como artrite, doenças de pele, depressão e ansiedade. Muitos desconhecem o assunto, por isso é importante abordar a questão em classe. O excesso de serotonina transforma as pessoas de uma hora para outra: um alto empresário pode inexplicavelmente converter-se num matador cruel. Casos de distúrbio de personalidade anti-social, cuja causa é ainda desconhecida, afetam cerca de 1% da população e, nas situações-limite, produzem criminosos violentos — como os assassinos seriais.
Para saber mais
A cólera, do início ao fimOs ataques de raiva estão associados aos ramos simpático e parassimpático do sistema nervoso periférico. Quando a pessoa reprime as manifestações impetuosas, o processo se encerra no fígado. Ou seja, a circulação sangüínea permanece acelerada e a pressão, elevada, o que pode provocar acidentes vasculares.

Fonte: Revista Veja online

Veja também:

BIBLIOGRAFIABiologia dos Organismos, J.M. Amabis e G.R. Martho, Ed. Moderna,tel. (11) 2790-1500FILMOGRAFIAUm Dia de Fúria, Joel Schumacher, Warner Home Video.

Sugira filmes aos professores (veja faixa etária)

A Corrente do BemGênero:Drama
A Escola da Vida Gênero:Aventura
A Sociedade dos Poetas MortosGênero:Drama
A Voz do CoraçãoGênero:Romance
Anjos do Arrabalde (As Professoras) Gênero:Drama
Ao Mestre com CarinhoGênero:Drama
Central do Brasil Gênero:Drama
Conrack Gênero:Drama
Elefante Gênero:Drama
Eleição Gênero:Comédia
Encontrando Forrester Gênero:Drama
Escola de Rock Gênero:Comédia
Filhos do Silêncio Gênero:Romance
Gênio Indomável Gênero:Drama
Machuca Gênero:Drama
Meu Nome é Radio Gênero:Drama
Mr. Holland - Adorável ProfessorGênero:Drama
Música do coração Gênero:Drama
O Caminho para CasaGênero:Romance
O Céu de Outubro Gênero:Drama
O Clube do ImperadorGênero:Drama
O Sorriso de Monalisa Gênero:Drama
Pro Dia Nascer Feliz Gênero:Documentário
Sementes da ViolênciaGênero:Drama
Um Diretor Contra Todos Gênero:Drama
Vermelho Como o Céu Gênero:Drama
A Corrente do BemGênero:Drama
A Escola da Vida Gênero:Aventura
A Sociedade dos Poetas MortosGênero:Drama
A Voz do CoraçãoGênero:Romance
Anjos do Arrabalde (As Professoras) Gênero:Drama
Ao Mestre com CarinhoGênero:Drama
Central do Brasil Gênero:Drama
Conrack Gênero:Drama
Elefante Gênero:Drama
Eleição Gênero:Comédia
Encontrando Forrester Gênero:Drama
Escola de Rock Gênero:Comédia
Filhos do Silêncio Gênero:Romance
Gênio Indomável Gênero:Drama
Machuca Gênero:Drama
Meu Nome é Radio Gênero:Drama
Mr. Holland - Adorável ProfessorGênero:Drama
Música do coração Gênero:Drama
O Caminho para CasaGênero:Romance
O Céu de Outubro Gênero:Drama
O Clube do ImperadorGênero:Drama
O Sorriso de Monalisa Gênero:Drama
Pro Dia Nascer Feliz Gênero:Documentário
Sementes da ViolênciaGênero:Drama
Um Diretor Contra Todos Gênero:Drama
Vermelho Como o Céu Gênero:Drama

Fonte: Nova escola on-line

Persistência versus Mudanças

Contam que certa vez, duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz. Continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali alçar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como elogio à persistência, que, sem dúvida, é uma hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo. Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria. Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou: "Tem um canudo ali, nade até lá e suba por ele" A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta, afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças de ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados, até que afundamos na própria falta de visão...
Isso acontece quando não se ouve aquilo que diz quem está de fora da situação.

(autor desconhecido)

Ponto final

Quando algum tipo de prova surgir, não tenha medo. Não fique questionando: “Oh, mas porque isto apareceu?”. Não, não gaste seu tempo pensando no assunto, remoendo a questão. Acabe com isso, em definitivo, colocando um ponto final no assunto. Somente assim você conseguirá ir em frente.
(por Brahma Kumaris)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Confiança


Sobre a humilhaçãoDurante uma vida a gente é capaz de sentir de tudo, são inúmeras as sensações que nos invadem, e delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor-de-cotovelo, remorso, excitação, otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma destas alegrias e tristezas, não há muita novidade, já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos testemunhado através de filmes, novelas, letras de música. Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. De humilhação que falo. Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. A mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia?. Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se sentirem humilhados. Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios. Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.(texto de Martha Medeiros)

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A quem serve a ignorância







"A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho". (Lei de Diretrizes e Bases, Artigo 2º)

Educação pública sempre dispensou adjetivos. Não se dizia “educação pública de qualidade” nos anos 60, quando qualidade, antes de predicado, era imperiosa obrigação. Quem precisava de adjetivação era a escola particular, onde estudar custava caro, muito caro. Em alguns casos decorrência da excelência do ensino. Em muitos outros causa direta da salvação que se oferecia aos ineptos da escola pública.

Hoje a escola se transformou num instrumento de apartheid social. Nas últimas décadas do século passado o direito à educação e à saúde ficou diretamente proporcional à renda das famílias, num período em que a carga tributária no país só fez aumentar. Enquanto pagávamos, a cada ano, mais e mais impostos, recebíamos de volta cada vez menos e menos direitos, bens e serviços...

O que incomoda, ao lado da derrocada da educação no país, é o discurso falacioso de políticos e gestores públicos. Quer sejam prefeitos ou governadores, todos falam em melhora acentuada dos índices educacionais quando se trata de avaliar suas próprias gestões. Festejar números e estatísticas, para políticos em geral, é o mesmo que comemorar o resgate da excelência do ensino público.

Não há meias palavras nesse universo. O único indicador cabível para medir a qualidade do ensino está em garantir que a escola pública funcione como espaço democrático de conhecimento e de socialização. Escola verdadeiramente pública é aquela que é freqüentada por todos - filhos de autoridades e de empresários, de deputados e profissionais liberais, de cantores e intelectuais -, e não somente por pobres e remediados. A escola que separa crianças pelo critério da renda jamais funcionará como local de expansão do conhecimento e de disseminação da esperança.

Enquanto não conseguirmos diferenciar educação de mercadoria, a escola pública será sempre ruim. Afinal, esta é a maneira mais eficiente de tornar a educação uma mercadoria supervalorizada... Essa lógica perversa interessa à maioria dos políticos, que se perpetuam graças à ignorância da maioria.
(Alexandre Pelegi)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Somos aquilo que consumimos


Muitas pessoas me dizem: "eu quero ser antes de ter", - mas ter o quê? Outras pessoas dizem: "eu quero ter, depois vou ser", - mas ser o quê?
Todo ser humano se auto-constrói diariamente: com cada pensamento que emite, com cada ação que pratica e com cada emoção que sente. Todas estas coisas nos são impostas pelas circunstâncias da vida ou nós as geramos individualmente, de acordo com o nosso estado de espírito. Estamos, assim, exercendo um processo de consumo e utilização daquilo que faz parte de nosso universo.
Quando damos muita importância para alguma ingratidão, passamos a consumi-la; quando damos muita importância para alguma tristeza, passamos a consumi-la também e o mesmo ocorrerá com todos os fatores que compõem a nossa existência como amor, ódio, certeza, incerteza, gratidão, ingratidão, esperança, desesperança, alegria, tristeza... E nossas emoções e sentimentos são como nosso metabolismo: teremos saúde com uma alimentação sadia ou teremos deficiências com uma alimentação incompleta.
A falta de algum elemento no consumo de certos alimentos normalmente causará danos ao nosso organismo levando-nos, muitas vezes, a ganhar uma nova companheira de viagem: uma doença. Nosso alimento é o que refletirá nosso corpo, e nossas emoções e sentimentos refletirão nossa alma.
Observe bem sua vida e analise o que anda consumindo neste momento:
- Você tem mágoas espalhadas pelo seu coração?
- Tem alguma tristeza guardada a sete chaves no seu pensamento?
- Algo que deveria ter perdoado e não perdoou?
- Tem alguém que gostaria de rever por aí, mas não procurou?
Tudo aquilo que você consumir através de seu metabolismo e de suas emoções um dia se refletirá, da mesma forma, na sua existência. É hora de escolher e vigiar! É hora de conscientizar seu íntimo que você é aquilo que consome, tanto no corpo como na alma.
Dê um basta em tudo que possa poluir sua maneira de ser, seu jeito de felicidade e sua vontade de vencer. Se pretende ser uma pessoa nutritiva, consuma coisas nutritivas.
Você pode, você deve e, principalmente, você merece, tenha absoluta certeza disso!

(César Romão, professor, palestrante, autor de vários livros, dentre os quais “Superdicas para motivar sua vida e vencer desafios”)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Você é a sua Cura

Saber pensar faz toda a diferença. Esta ação emite uma energia/freqüência ao cosmos. E a onda funciona como um ímã que vai atrair um sinal semelhante. Sabendo pensar e aplicar corretamente, inicia-se adequadamente o processo de nosso plantio.
Efetivamente, portanto, está ao nosso alcance mudar o ciclo energético de nossas colheitas através do controle que daremos às nossas emoções, administrando-o como e o que pensamos. Na maioria das vezes só nós estamos sentindo alguma coisa e esquecemos que os que estão a nossa volta nada sabem de nosso interior. Portanto:
- Jamais faça uma oração, mantra, reza ou canto sem sentir a profundidade e a emoção do que está fazendo.
- Nunca se sinta culpado por dizer não quando seu coração exigir que assim seja. O contrário é absolutamente verdadeiro. Isso não é egoísmo, é auto-estima!
- Pré-julgar é sentimento fraco e tudo o que se projeta volta. Não quer ser julgado? Pare de julgar.
- Seus medos são frutos exclusivos de sua imaginação. Você os criou. Você os elimina. A agressividade é uma forma de esconder o medo oculto.
- Nunca comece um projeto analisando primeiro as dificuldades... Você vai esquecer das facilidades. Não se constrói futuro com pessimismo.
- Todo ser humano tem algo de bom. Se ele não demonstra isso é porque já plantou e colheu muitas desavenças. Ficou ácido.
- Se suas colheitas não são boas, mude o plantio.
- Viva o presente. Ele não tem este nome por acaso.
- Quem disfarça pessimismo achando que isso se chama cautela já morreu e ainda não descobriu.
- Nunca dê nada sem que te peçam. Quem tem pouco, um dia já pode ter tido muito e não soube usar. Agora tem que aprender com o que tem.
- Não diga: "Não sou o que as pessoas acham que sou"... Errado, você é exatamente como as pessoas te vêem. Só pensar diferente não resolve, é preciso atitude. Você certamente pensa uma coisa e faz outra.
- Querer ser outra pessoa é o começo da virada. Mas a virada só acontece com uma posição ativa.
Uma indisposição ou até mesmo uma dor é um aviso. É o começo de uma enfermidade. Antes de a doença acontecer no plano físico, ela já "vive" nos nossos demais corpos: etéreo, emocional, mental e astral. Isso é facilmente detectado no realinhamento dos chakras.
A minha, a sua efetiva Cura está dentro de nós, nos pensamentos e na forma como os implementamos.

(por Saul Brandalise Jr)

terça-feira, 16 de junho de 2009

A importância de ser você mesmo!!!


Certo dia, um Samurai, que era um guerreiro muito orgulhoso, veio ver um Mestre Zen. Embora fosse muito famoso, ao olhar o Mestre, sua beleza e o encanto daquele momento, o samurai sentiu-se repentinamente inferior.Ele então disse ao Mestre:- “Pôr que estou me sentindo inferior? Apenas um momento atrás, tudo estava bem. Quando aqui entrei, subitamente me senti inferior e jamais me sentira assim antes. Encarei a morte muitas vezes, mas nunca experimentei medo algum. Pôr que estou me sentindo assustado agora?”O Mestre falou:- “Espere. Quando todos tiverem partido, responderei.”Durante todo o dia, pessoas chegavam para ver o Mestre, e o samurai estava ficando mais e mais cansado de esperar. Ao anoitecer, quando o quarto estava vazio, o samurai perguntou novamente:- “Agora você pode me responder pôr que me sinto inferior?”O Mestre o levou para fora. Era um noite de lua cheia e a lua estava justamente surgindo no horizonte. Ele disse:- “Olhe para estas duas árvores: a árvore alta e a árvore pequena ao seu lado. Ambas estiveram juntas ao lado de minha janela durante anos e nunca. houve problema algum. A árvore menor jamais disse à maior: ” Pôr que me sinto inferior diante de você? ” Esta árvore é pequena e aquela é grande - este é o fato, e nunca ouvi sussurro algum sobre isso.”O samurai então argumentou:- “Isto se dá porque elas não podem se comparar.”E o Mestre replicou: Então não precisa me perguntar. Você sabe a resposta. Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe. Um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa, você é você mesmo.Uma folhinha da relva é tão necessária quanto a maior das estrelas. O canto de um pássaro é tão necessário quanto qualquer Buda, pois o mundo será menos rico se este canto desaparecer.Simplesmente olhe à sua volta. Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na Natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual de vida!
(Autor desconhecido)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os Pilares da Felicidade


As pessoas verdadeiramente felizes construíram suas vidas sobre bases sólidas. É preciso observá-las e aprender com elas.
A felicidade não é um presente divino, mas sim uma conquista diária, que tem solidez quando realizada sobre pilares resistentes. É como uma casa que primeiro você deseja (um sonho), depois projeta (um plano) e, finalmente, constrói (uma ação).
Quando alguém pensa que ganhou a felicidade de presente, logo vem um pesadelo. Como naquele homem que encontra uma mulher adorável e imagina que ela vai resolver todos os seus problemas, e mais tarde percebe que precisa evoluir muito para merecer estar com essa pessoa especial. Como o indivíduo que se forma em Direito e pensa que agora está tudo resolvido, mas depois descobre que o título é somente o início de uma série de processos a ser enfrentada. Ou aquela pessoa que monta sua própria empresa, um sonho há muito acalentado, e percebe em seguida que existe um mundo de atividades novas que ela vai ter de desempenhar.
As pessoas verdadeiramente felizes construíram suas vidas sobre bases sólidas. Feita de um mesmo concreto. É preciso observá-las e aprender com elas. Ao final, podemos notar que os fundamentos de suas conquistas são: competência, reciprocidade, ação e sentido.
1- Competência – Tudo o que uma pessoa faz bem é resultado do desenvolvimento de sua competência. Se você quiser ser um bom pai, vai ter de expandir sua competência. Se quiser ser um empresário, também. Quando a pessoa pensa que a habilidade vem pronta, a frustração vai estar por perto.
A competência, por sua vez, é associada a três habilidades: estudo, treino e continuidade. O estudo é fundamental para que você não gaste tempo inventando a roda ou repetindo os erros dos outros. Muitos freqüentadores de minhas palestras me perguntam por que não conseguem estudar. Eu sempre digo: “Você não consegue porque, no fundo, é orgulhoso. Não acha quem possa lhe ensinar o que não saiba”. As pessoas felizes têm a humildade de aprender com os outros, evitando os erros que eles já cometeram.
Tudo na vida é resultado de treino. Só adquirimos a competência assim. Se você é um grande cirurgião, você treinou arduamente para isso. Mas, cuidado, esse processo não se resume apenas às coisas positivas; as negativas também estão incluídas. Os hipocondríacos, por exemplo, dedicam a vida inteira à procura de sintomas desagradáveis em seu corpo até que se tornam experts. Vivem lendo bulas de remédio e tudo o mais que aparecer a respeito de doenças. Eles também conversam e pensam sobre enfermidades o tempo todo.
Quando eu era menino, assistia aos treinos do time do Santos. Ficava espantado ao ver o Pelé treinando mais tempo que os outros e pensava: “Para quê, se ele já é o melhor do mundo?” Tempos depois, eu descobri que ele era o melhor do mundo porque treinava mais que os outros.
A competência também requer continuidade. Não adianta ser bom apenas por um dia. Tem de ser sempre. Não adianta começar milhares de cursos, é preciso completá-los. Não adianta atender maravilhosamente bem um cliente e ser desatento com os outros. Não adianta um único diálogo sensacional com o filho e distanciamento o resto do ano.
Quem consegue ser bom todos os dias depois de um tempo fica ótimo. Muitos processos de educação não dão resultados por falta de continuidade. As pessoas competentes concluem a trajetória a que se propuseram cumprir.
2- Reciprocidade – Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você, mas principalmente faça aos outros o que gostaria que fizessem com você. O verdadeiro campeão tem muito prazer em proporcionar crescimento para todos. Ele tem em mente que pode realizar seus sonhos desde que ajude o maior número de pessoas a realizar o dele.
Os campeões conseguem ver além de seus interesses pessoais. Eles abrem espaço para as pessoas a sua volta evoluírem e oferecem oportunidades para isso. Se você tem um restaurante e não dá chance de seu maître crescer, ele acaba montando um restaurante em frente ao seu.
Tenha prazer em criar a felicidade para todos o que convivem com você: seu cônjuge, seus filhos ou seus clientes. Quando você quiser agradá-los, imagine algo que eles gostariam muito de fazer e surpreenda-os. Abra um champanhe para sua esposa no meio da noite. Compre um ingresso especial para aquele show de heavy metal que seu filho tanto quer ver. Tome a iniciativa de fazê-los felizes e a vida ficará mais gostosa.
3- Ação – Antigamente querer era poder. As pessoas que desejavam muito uma coisa conseguiam dar saltos em suas vidas. Hoje é preciso entender que o mundo mudou: fazer é poder. As pessoas de sucesso são aquelas que implantam o que desejam. São as que se propõe a um projeto e o realizam, prometem pedir desculpas a alguém e pedem, planejam construir um novo relacionamento com os filhos e fazem isso.
Não adie as ações importantes de sua vida. Faça hoje. Faça agora. Aquele abraço de reconciliação. Aquele pedido de desculpas para o colega de trabalho. Aquela declaração de amor que vem adiando. A maior parte das pessoas sabe o que tem de fazer e fica esperando o dia ideal, que nunca chega, e a vida passa. Como disse John Lennon: “Vida é aquilo que acontece enquanto você faz planos”. Por isso sonhe e faça planos, mas principalmente saia para a ação.
4- Sentido – As grandes vitórias são criadas por quem vê significado em suas lutas. O sentido maior é a força matriz para superar as dificuldades do dia-a-dia. Quem cumpre o simples ato de pegar o carro e ir para o trabalho como um gesto vazio não olha para além do cotidiano. Se você sabe porque está fazendo o que tem de fazer, será um vencedor. Para que as dificuldades tornem-se menores, a disposição deve ser maior e o brilho nos olhos deve estar presente.
Os resultados aparecem como conseqüência natural de uma jornada que vem se cumprindo, e não como pagamento por uma estratégia de carreira bem montada, mas vazia de significados. Quem faz essa opção consegue até ter uma carreira aparentemente brilhante, mas não pode se perguntar “para quê?”, pois provavelmente, não verá sentido naquilo que faz. Nesse caso, poderá desistir de tudo para recomeçar certo, promovendo grandes e radicais mudanças, ou poderá conviver com o risco do estresse, da depressão e da infelicidade.
Não deixe para ser feliz no futuro. A felicidade é construída todos os dias, nos pequenos detalhes, nos encontros e nas reflexões. Eu acredito na felicidade e sei que Deus diz sim para aquilo em que acreditamos. Se sua vida não está do modo como você gostaria, dê um jeito de transformá-la. É o maior presente que pode dar a si mesmo.


(Por Roberto Shinyashiki)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Eu Não Gostava de Gatos


Nunca tive intimidade com os gatos e sempre os olhei de longe, com desconfiança.
Preconceito meu, sustentado por uma estória que minha mãe contava de um gato que havia matado um padre. Hoje sei que ele não o teria feito se não tivesse razões...
Os bichos que amo são os cachorros e eles me amam. Meu amor pelos cachorros se consubstanciou num artigo que escrevi sobre minha cadela Lola, a pedido da Redação da Folha. Olhando para os seus olhos que estavam fixos nos meus, eu me perguntei: "O que será que ela pensa de mim?" Sobre isso escrevi.
Cães, nem sei quantos tive: pastores, dobermans, dálmatas, boxers, weimaraners, cockers... Os dobermans foram os mais obedientes; os boxers, os mais mansos e efusivos. A Nina, dálmata, foi a mais desobediente e não gostava de crianças. Era preciso trancá-la quando havia crianças em casa.
Menino, eu sonhei ter um cãozinho. Mas nunca me foi permitido ter um. Realizei o meu sonho simbolicamente: comprei um caderno de desenho dos grandes no qual fui colando fotografias de cachorros que eu recortava de revistas . Meu amor pelos cachorros assim se realizou platonicamente.
Mas nunca tive simpatia pelos gatos. Também eles nada fizeram para que eu gostasse deles. Os cachorros são comunicativos, querem fazer amigos, têm um humor italiano, fazem barulho, estão sempre sorrindo com o rabo, gostam de brincar e seu único desejo é agradar os seus donos.
Uma amiga enviou-me um e-mail contando da sua cadela labrador, adolescente, chamada Lua. Pois a Lua gosta de plantas, especialmente bromélias, que arranca do jardim e deposita na porta da cozinha com latidos de felicidade, que, se traduzidos, querem dizer: "Eis o presente de flores que colhi no campo para você...".
Os cães se parecem tanto com os humanos! O que já havia sido constatado por um dos nossos antigos ministros, que, inquirido sobre as razões que lhe permitiam transportar o seu cão em carro oficial, explicou: "Os cachorros também são seres humanos...".
Se isso tivesse acontecido no Egito Antigo, e um ministro fosse inquirido pelo seu uso das carruagens oficiais para transportar o seu gato, a resposta seria mais surpreendente: "Não sabe o senhor que os gatos são seres divinos?". Sim, no Egito os gatos eram deuses. Talvez algo dessa teologia tenha escorrido até nós. Pois não dizemos de uma mulher bonita "ela é uma deusa" e "ela é uma gata"?
Mas comecei a mudar de ideia sobre os gatos quando minha filha me deu um gato de presente. E logo ficamos amigos, eu e o gato.
Hoje o meu médico me enviou um artigo que apareceu em 26/7/2007 no "The New England Journal of Medicine", um dos mais respeitados periódicos das ciências médicas. Sobre um gato chamado Oscar.
Oscar vive numa instituição que acolhe pessoas em estado terminal. Diariamente, segue uma rotina. Abre os olhos preguiçosamente e põe-se a fazer aquilo a que os médicos dão o nome de visita: vai de leito em leito, sobe na cama, cheira o ar e faz o seu diagnóstico. Se não é para acontecer naquele dia, ele desce e vai para o leito seguinte, onde repete o procedimento. Se, por acaso, sua misteriosa sensibilidade detecta o cheiro ou as vibrações ou a música da morte, ele se aloja junto ao moribundo e a enfermeira sabe que é preciso avisar os parentes.
Isso me deixou apreensivo porque o meu gato tem insistido em dormir na minha cama - e é preciso expulsá-lo à força. Será que faz isso por gostar de mim ou para que os outros avisem meus parentes?


(Rubem Alves- crônica publicada na Folha de SP de 09/jun/09)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Escutatória


Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular.
Escutar é complicado e sutil.
Diz o Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma". Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro: "Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma". Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: "Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas". Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não "evangélico"), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado". Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou". Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em U definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: Meus irmãos, vamos cantar o hino... Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.
E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar.
A música acontece no silêncio.
É preciso que todos os ruídos cessem.
No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou.
A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada.
Somos todos olhos e ouvidos.
Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.
Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.


(Por Rubem Alves)


Frase do dia 01/03

"O procedimento é um espelho em que cada um mostra a sua própria imagem". (Goethe)

Frase do dia 06/04

“Nunca se esqueça que apenas os peixes mortos nadam a favor da corrente.” (Malcolm Muggeridge)

Frase do dia 28/02

"Cada um é responsável pelo seu próprio naufrágio". (Lucano)

Frase do dia 17/02

“O único meio de fortalecer o intelecto é não ter uma opinião rígida sobre nada ­ deixar a mente ser uma estrada aberta a todos os pensamentos". (John Keats)

Frase do dia 16/02

“O sapato que serve a um aperta o outro; não há uma receita de vida que se preste a todos os casos.” (Carl Jung)

Frase do dia 15/02

“Não há nada no mundo totalmente perfeito.” (Horácio)

Frase do dia 14/02

"Nunca se consegue uma segunda oportunidade de causar uma boa primeira impressão". (H. Jackson Brown)

Frase do dia 13/02

“Correr não adianta; é preciso partir a tempo.”
(Jean de la Fontaine)

Frase do dia 12/02

"A intenção é o poder que move o desejo". (Deepak Chopra)

Frase do dia 11/02

"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se a ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que sentir-se fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz, embora louco, que em conformidade viver." (Martin Luther King)

Frase do dia 10/02

"Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade". (Dalai Lama)

Frase do dia 09/02

Muitas vezes, dizer o que é preciso dizer é a coisa mais difícil do mundo. Nessa hora surge uma série de medos – a possibilidade de rejeição, de não ser mais querido, de dar tudo errado, de criar mal-entendido. É, a situação não é nada fácil. Mas, quando há o desejo de manter a evolução dos relacionamentos, às vezes vale a pena correr certo risco. Afinal, ouvir e falar, dar e receber, ajudar e ser ajudado, entender e ser entendido, são os fundamentos dos bons relacionamentos.
(por Brahma Kumaris)

Frase do dia 08/02

"Não chore pelas coisas terem terminado. Sorria por elas terem existido". (Luiz Boudakin)

Frase do dia 07/02

"Os covardes morrem muitas vezes antes de sua morte; os valentes morrem uma única vez." (Shakespeare)

Frase do dia 06/02

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida". (Abraham Lincoln)

Frase do dia 05/02

"A comodidade começa como escrava e termina como senhora". (Khalil Gibran)

Frase do dia 04/02

"Os homens nunca sentem remorsos por coisas que estão habituados a fazer." (Voltaire)

Frase do dia 03/02

Tudo o que sabemos do amor, é que o amor é tudo que existe". (Emily Dickinson)

Frase do dia 02/02

"Não estrague aquilo que você tem, desejando o que não tem". (Epicuro)

Frase do dia 01/02

"Preocupação é um juros pago antecipadamente."
(W. R. Inge)

Frase do dia 31/01

"O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas."
(Claude Lévi-Strauss)

Frase do dia 30/01

"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um ato de vontade."
(Gaston Courtois

Frase do dia 29/01

“A sorrir eu pretendo levar a vida, pois chorando eu vi a Mocidade perdida”.
(Cartola)

Frase do dia 28/01

"A confiança é a mãe dos grandes atos".
(Friedrich Von Schiller)

Frase do dia 27/01

"A vida é para quem topa qualquer parada, e não para quem pára em qualquer topada".
(Bob Marley)

Frase do dia 26/01

"O sentimento mais importante do ser humano é o amor. Mas eu defino como o mais positivo a esperança".

(Janete Clair)

Frase do dia 25/01

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina".

(Cora Coralina)

Frase do dia 24/01

"A vida é uma viagem que deve ser feita não importando quão ruins sejam as estradas e alojamentos".

(Oliver Goldsmith)

Frase do dia 23/01

"Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir". (Clarice Lispector)

Frase do dia 22/01

"Deveríamos considerar perdido cada dia em que não tenhamos dançado pelo menos uma vez".

(Friedrich W. Nietzsche)

Frase do dia 21/01

“Quem pensa pouco erra muito”.

(Leonardo da Vinci)

Frase do dia 20/01

"Não é suficiente ter uma boa mente; o principal é usá-la bem".
(Renée Descartes)

Frase do dia 19/01

"Tornar-se o primeiro é mais fácil do que permanecer o primeiro.". (Bill Bradley)

Frase do dia 18/01


“ Um profissional da educação competente e humanista é aquele comprometido com a criação de Valores Humanos.”

Daisaku Ikeda

Frase do dia 16/01

Desperdiçamos o tempo, queixando-nos sempre de que a vida é breve. (Marquês de Maricá)

Frase do dia 15/01

"Vencer é um hábito. Perder também".

(Bud Hadfield)

Frase do dia 14/01

"O que sabemos fazer aprendemos fazendo".

(Aristóteles)

Frase do dia 13/01

"Deveríamos considerar perdido cada dia em que não tenhamos dançado pelo menos uma vez". (Friedrich W. Nietzsche)

Dislexia

Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social.Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...Pessoas disléxicas – e que nunca se trataram – lêem com dificuldade, pois é difícil para elas assimilarem palavras. Disléxicos também geralmente soletram muito mal. Isto não quer dizer que crianças disléxicas são menos inteligentes; aliás, muitas delas apresentam um grau de inteligência normal ou até superior ao da maioria da população.A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula.Portanto, pais e educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma criança é disléxica - e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada.Algumas características:Dificuldades com a linguagem e escrita;Dificuldades em escrever;Dificuldades com a ortografia;Lentidão na aprendizagem da leitura;Haverá muitas vezes:disgrafia (letra feia);discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada;Dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;Dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas;Dificuldades para compreender textos escritos;Dificuldades em aprender uma segunda língua.Haverá às vezes:·Dificuldades com a linguagem falada;· Dificuldade com a percepção espacial;·Confusão entre direita e esquerda.

Site: http://www.dislexia.org.br/



O Cavalo e o Porco

Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça.
Um dia ele descobriu que o seu vizinho tinha este determinado cavalo.
Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.
Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, precisa tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava toda a conversa.
No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora.
O porco se aproximou do cavalo e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer !
- Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa!
No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! ótimo, vamos um,dois, três, legal, legal, agora mais depressa vai... Fantástico!
Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Você venceu Campeão!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre! O cavalo melhorou. Isso merece uma festa...
'Vamos matar o porco!'
Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho.
Nem sempre alguém percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo
sucesso.
Saber viver sem ser reconhecido é uma arte, afinal quantas vezes fazemos o papel do porco amigo ou quantos já nos levantaram e nem o sabor da gratidão puderam dispor?
Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se:

AMADORES CONSTRUÍRAM A ARCA DE NOÉ E PROFISSIONAIS, O TITANIC.

Procure ser uma pessoa de valor, em vez de ser uma pessoa de sucesso!!!


(Autor desconhecido) Caso alguém saiba quem escreveu, informe por favor, para que eu possa divulgar o nome.